quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Bar do Jenner

Há muito tempo, eu vou ao bar do Jenner. O nome certo é Chopperia do Gacemss, mas ninguém fala assim. No máximo, só chopperia. Embora não vá com freqüência como antes, mas sempre que quero ver pessoas interessantes, tomar cerveja gelada e me sentir em casa, é pra lá que vou. Tem alguns probleminhas de atendimento, mas nada que faça a gente se aborrecer. Um dos fundadores do Beco da Gordura, junto com o Salvador, o Joãozinho, o Luso Brasileiro e o Tom, do Vermelhinho. Sobrevivente dos áureos tempos do Teatro de bolso, quando acabavam os shows de chorinho ou mpb e desciam todos para lá.
Palco de artistas ímpares, de todas as preferências musicais, muitos momentos inesquecíveis para mim, em termos de música e performances, eu presenciei no Bar do Jenner. Posso não me lembrar dos anos 80, pois ainda não frequentava o bar como "adulta", mas sei de muitos artistas de Volta Redonda que começaram por lá.
Na época do Fábrica do Poema, em 2003 e 2004, nós pudemos ter a alegria de ouvirmos Ciron, Guerra e Iran Adler juntos numa só noite, Fabrício e Romão, com Marcelos de vez em quando, Joe Sany e Serginho, Carmélia e Mariangela Leal, Cici, Jorginho Íris, Dom Robi, Bilau, Ricardo Gilly e Tilinha e muitos mais.
Mas, o que me faz escrever é movida pela emoção da tradicional festa de aniversário da Chopperia, este ano antecipada para dezembro. Invertida com a festa de aniversário do Ricardo Monstro, que será em janeiro. Qualquer uma das duas sempre foram movimentadíssimas, sempre com apresentações surpreendentes.
Lembro-me de uma delas em que montou-se um praticável, com a bateria do Max, o Marcial e o Ciron no violão, o Ney na guitarra...O Marcelos pegou o teclado do Cláudio de Castro e tocou também. Foi um festival de Beatles inesquecível, emendando James Taylor, Carly Simon, e outros tantos. Impagável a Poly dançando com o chapéu do Rastero(benção), e ele não se aborrecendo por isso.
Este ano, tivemos muitos artistas no domingo, 16, fazendo um novo show. Sei que não vou mencionar todos e peço perdão. Teve Julinho dos Palmares (meu rei). Teve Dona Célia e Tilinha cantando juntas que foi lindíssimo. Mas minha emoção ficou em ver o Marcial, o Ney e o Ciron mandando ver no Clube da Esquina, e o Jenner tentando acompanhar na voz. E mais tarde, o Ney no blues, o Pascoal na bateria acompanhando e entrou o Figurótico, o André (da dupla Elington e André) e o Tony Madeira, cantando Cazuza e Barão Vermelho. O Figurótico deu canja de Sting e The Police, que me deu vontade de não mais sair de lá. O Wilson, que filmava tudo, nesta hora quase chorou, porque a bateria da filmadora já tinha acabado (também filmando desde cinco horas).
Não dava vontade de sair de lá, mas como já se passava bastante coisa depois das dez, e segunda é dia de trabalho, eu fui embora. Imagino como deve ter ficado depois disso, pois ainda faltava muita gente pra tocar. E me acompanhando, sempre, a Anielli. Nem precisa falar como eu estava curtindo.
Esses momentos são especiais em Volta Redonda. O desânimo que se abateu em nosso meio artístico não é privilégio daqui, é um reflexo do Estado e do país. Mas não é meu prósito, hoje, comentar este assunto. Minha necessidade é de registrar o Bar do Jenner, do meu querido que me chama de irmã, que me trata como irmã, e que nunca fechou as portas para nós, quando ficávamos até às 3 da manhã. Aliás, nós fechávamos a porta com ele.
Então, é isso: tá registrado!



obs: Quem tiver foto ou filmagem do dia para enviar, mande pra cá e que eu coloco aqui também.

Um comentário:

  1. nossa! q maravilha!
    me deu uma tristeza não ter estado por lá nesse dia tão delicioso.
    mas sua descrição me fez viajar e até sentí o gostinho da cerveja... rsrsrsrsr!
    de vez em qdo apareço por lá, mas nunca tive essas presenças tão ilustres... q pena!

    bjs lindona!
    e feliz natal!!!!!

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