quinta-feira, 13 de outubro de 2016

QUEM TEM DEUS



Perde-se o sentido de tudo, diante de um poema.
Vê-se no espelho mudo o mau que atormenta.
Ouço a voz das montanhas de Minas,
a trazer as cantigas e o badalo dos sinos,
da cidade de praças, igreja, escola e cadeia.
Plantava-se casas e café. Bananeiras também.


O amor transcendeu pela janela e invadiu as estradas que
carreguei em meus pés.
Tinha aves nos olhos,
e sonhos nas mãos, a espalhar pelos versos.
No dia azul, dentro da espiral da vida,
aprendi o gosto de sangue e sal.

Mas, amei. Infinitamente.
Coisas e criaturas que não se tangiam.

Tenho, hoje, uma noite fria sobre o pasto.
Dormem animais onde dorme o mundo.
Já não precisamos mais de máquinas.

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