segunda-feira, 21 de março de 2011

Dia Mundial da Poesia

Cura Poesia

Regina Vilarinhos

Poesia pra mim é cura. Não para doença ou vício.
Pode ser na palavra escrita, na música ouvida, na foto revelada ou na dança valsada.
Sinto, toco, caminho poesia todos os dias, por entre minha rua, entre os prédios e seus jardins. Vejo poesia na placa do carro dos amores que vem e vão, nos olhos brilhantes de meus pais, na cama forrada com limpos lençóis.
Bato com poesia na cara quando o vento fecha a porta,
dói poesia nos joelhos quando caio no chão.
Como poesia com café com pão, feijão com arroz,
com coca gelada, na mesa para dois.
Vinho poesia, cervejo poesia, choro poesia, grito poesia.
Roupa lavada com poesia.
Amaciante, pregador, varal e passada a ferro, a poesia.
Em rio de poesia, nado de costas.
Em dia de poesia, ofusco os olhos no sol.
Poesia em pedra dura,
poesia-me com quem andas,
mais vale duas poesias nas mãos...
Aliás, é um tratamento, que nem sei se termina, mas que me alivia.

3 comentários:

  1. Oi, Regina. Tudo bom?

    Aproveito o espaço para te informar (e já convidar) sobre um evento interessante: o meu amigo Vadinho Luiz, aqui da FEVRE, poeta e artista gráfico, está organizando um Sarau a fim de reunir os apreciadores da boa poesia, que gostem de declamar, de conversar e de ouvir boa música e para poder reunir o pessoal da cidade que queira mostrar seus talentos. Vai acontecer no auditório do Col. João XXIII todas as segundas quintas-feiras de cada mês. O primeiro é no dia 14/05. Vamos ajudá-lo a ter sucesso nessa empreitada?

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  2. Como diz Jean Yves Leloup: não corras, não tenha pressa,o unico lugar que tens a ir é a ti mesmo. Só a poesia nos faz caminhar na direção de nossa humanidade

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  3. me apaixonei por esta poesia.
    Aliás, é um tratamento, que nem sei se termina, mas que me alivia. mt bom

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