sábado, 26 de outubro de 2013

Dru-mont Andares

Dru-mont Andares

Ouvir o bendito,
sentir o canto aflito
carregar Itabira
a pedra, o grito
junto ao boitempo.

Os acontecimentos, a morte e a poesia
são todos incontáveis.

Esse que hoje é José,
que foi Raimundo,
que foi bruxo,
nascido Carlos.
Nas laranjeiras das casas,
nas garrafas de leite,
na companhia de J. Pinto Fernandes.

Tempo que não digo mais, não teço nenhum trabalho
que mulheres poderão bater em minha porta.

Anjo bom e mau, vento que rodou
sobre o mar e dormiu no gado.
Muitos países, muitas ruas
uma janela, um mar, um banco
na praia.
Teu ombro, meu amigo,
para minhas confissões.

regina vilarinhos - 2013

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