quinta-feira, 14 de maio de 2009

O dia em que não me tornei imortal

No Jornal de Debates, no ig, colhi o comentário abaixo, que expressa bem fatos ocorridos com o poeta Mário Quintana. Longe de mim, comparar-me ao talento do gaúcho. Sei bem das minhas limitações, mas sei também do meu valor e dos "valores" de uma Academia de Letras. E bem longe de mim me sentir "derrotada" por alguém ou alguma coisa. Acho que saí ganhando. Depois vocês me contam, quando virem a relação de novos "Imortais".

Mário Quintana e suas duas derrotas na ABL

(*) Nelson Valente

Tive o privilégio de conhecer pessoalmente o poeta Mário Quintana. Uma coisa é apreciar os seus versos, outra é vê-lo, conversar com ele, admirar a sua doce figura. Jantamos juntos na residência do acadêmico Arnaldo Niskier, numa das investidas do poeta nascido em Alegrete (RS) à Academia Brasileira de Letras. Da mesma forma como adorei o seu jeito simples e bem-humorado, senti que em matéria de candidatura ele seria vítima da sua cândida ingenuidade. A mesma que sempre colocou, com brilho, nos seus versos livres ou nos poemas em prosa, como no clássico Sapato Florido, de 1947. Senti muito as duas derrotas de Mário Quintana. Ele merecia a imortalidade, pela qualidade do seu trabalho literário e até mesmo pela certeza de que, no convívio, seria extremamente agradável a sua companhia entre os imortais da ABL. Por isso, num dado momento, depois de acertar a estratégias com o saudoso Austregésilo de Athayde, e existindo a indispensável vaga, o acadêmico Niskier, solicitou ao seu amigo Edgard Wallau Jr. para sondar, em Porto Alegre, pois a Academia queria elegê-lo com quase toda certeza por unanimidade. A resposta não foi favorável. Ele havia sentido muito os reveses e não queria mais se expor. Uma pena, pois se a Academia não glorifica ninguém, pelo menos redimiria, por não tê-lo acolhido anteriormente. Mário Quintana foi um poeta popular, da mesma estirpe de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade e Vinícius de Moraes. Tinha um carinho todo especial por crianças, a elas dedicando diversas e importantes obras, como um incrível e atraente abecedário, em que ele brinca com animais de grande presença no imaginário infantil. O sucesso foi completo. O seu estilo criativo deu origem a um novo verbete da língua portuguesa - quintanares - com que os amigos o homenagearam pelos 80 anos. No panorama da nossa literatura, o "imortal" Mário Quintana certamente fará muita falta. O acadêmico Arnaldo Niskier assim o descreve: - Inevitável Mário Quintana - é de um sorriso de uma criança que brota a imortalidade. Quintana foi sem dúvida alguma, o poeta da criança brasileira. Muitos escritores e leitores, murmuram: Que falta faz esse homem... Lembrando que 2006 foi o ano de centenário de Mário Quintana.

(*) é professor universitário, jornalista e escritor



No site Vero Poema, um dos comentários que colocaram em meus poemas, e nunca vi mais gordo na minha vida:

"nei souza lima
(23/03/2009 - 22:23:54)
E-mail:
neypoeta@yahoo.com.br
Site:
www.neysouzalima.com.br
Comentário:
você é uma poeta autentica. Se você pegar os seus versos e dividirem eles, ou seja sapará-los cada um pedacinho em uma página dos livro , você será internacionalmente conhecida. sabe , aquelas pausas que a gente dá ao ler o seu texto durante o suspira poético quando respira seu poema ? è disso que eu estou falando, em cada intervalo, corte // deveria ser um poema solo... isso é um elogio e não um palpite...

Exemplo :

" guardarei o poema
a chave a senha e eu mesma
dentro da garrafa que envio ao horizonte"

isso já é o maximo numa pag solo"



NO site Overmundo, os comentários são emocionantes, de pessoas de bem longe daqui, é só procurar por meu perfil e ler:


Uma reflexáo muito profundo.
A Gente le e fica envolto na magia e na necessidade de abranger a imensidáo da temática.
Parabéns um grande exercício Cultural.
Abracáo Amigo e mérito.
azuirfilho


A poesia é um santo remédio! O livreto serve como auto-ajuda senão vejamos As Folhas de Relva de Whitmam. Puro remédio para todos os males da alma! Parabéns!

raphaelreys


Em outro poema, também no Overmundo, "Loucos, Loucas":

oi, regina, lindo poema, linda construção, melódica e harmoniosa, maravilha de ode aos loucos, que somos todos nós, loucos pela vida verdadeira e não por estas rrealidades irreais, que todos temos que vivenciar, todos os dias. Parabéns.
danlima


Regina, Tua poesia traz a loucura de dentro dos nossos corações para os nossos espelhos. Uma poesia muito forte... resta-nos apreciá-la...
Abraço.
Valéria Geremia


No conto "Coisinhas Simples" outras observações:

Coisas simples, não tão simples assi quando não se faz esforços,mas um texto primoroso como sempre, que dá para refletir por atitudes....Muito bom Rê
Cintia Thome



Que coisa!!! Nada melhor do que as coisas simples, como oseu texto, por sinal e tão bem traduzindo isto.
Hideraldo Montenegro


E assim, meus caros e minhas caras, estamos aqui, no blog, no Overmundo, no Ver o Poema, na Garganta da Serpente, no Site de Cultura do Governo de São Paulo, na OFF FLIP Paraty, mais uma vez este ano.
Levando a poesia, a literatura, a paz e a minha verdade para todos os cantos do Brasil.
Super abraço aos imortais como eu...
Super abraço às pessoas transparentes e verdadeiras como eu...
Mesmo que isso nos doa muito...



no 14 de março no Bondinho



Com Marina Colasanti, em Volta Redonda


Com Tavinho Paes no Circo Voador



Homenagem do Sider Shopping, no dia da mulher em 2005

regina vilarinhos

3 comentários:

  1. Olha, com muita sinceridade, sempre achei esse negócio de ABL meio esquisito. Não desvalorizo, mas também não coloco ninguém em pedestal. Tenho meus ídolos, como cada um tem o seu; assim como me considero imortal como você e como Machado de Assis, e daí? E minha opinião sobre a ABL ficou ainda mais crítica depois que o Paulo Coelho ocupou cadeira lá. Sinceramente, de novo, acho ele uma bosta. Pode ser best seller, mas pra mim, ele não passa de um engodo. E, assim mesmo, virou imortal. Meus respeitos aos imortais, realmente merecedores do titulo.

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  2. Regina, n fiue chateada, pois somos e seremos imortais sempre....nascemos com veia de poeta e isso ninguem pode nos tirar....amamos as palavras e vivemos ....respiramos poesias....a politicagem tomou conta da ALVR, pense que vc é artista e muito capaz....a qualidade da academia caiu.....vamos criar um grupo para movimentos culturais...n precisamos de políticos....somos autênticos e sabemos ler além das palavras...sensibilidade n é para qualquer um....
    Elyane lacerdda

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  3. Tbm concordo, que infelizmente, como tudo, a AVL, foi tomada pela politica da 'panela'.

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