segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Memórias

As meias brancas, que escondiam pernas, revelam a menina de sorriso escondido, de amor sentido, feito de blusa branca e azul. Quem dormia ontem poetisa e falante ao microfone, acordou, agorinha a pouco, com a timidez de volta na garganta e no peito. Não é mais medo de se abrir e saber-se capaz de ir além das notas dez e tal. É mais que a intelectual, é mais que do que a puxa-saco. Memória de colégio é como a terapia, trazendo à tona os calados segredos, divididos com poucas outras meninas como ela.
Felicidade é um dia de cada vez, gente. Não pode vir tudo de sopetão, depois que se tem mais de 45. Tem que conversar com o geriatra primeiro, tem que ter uma engenharia, contornar com o sorriso preparado pelo dentista, segurar na mão da fisioterapeuta pra não desequilibrar....
Quem é esse que varreu a poeira de meus miolos e me faz espirrar saudades num teclado? Tempo? Ele não manda em mim.
Já disse uma vez e repito: ser feliz é ler o coração, antes que a vida vá embora! Que venham mais fotos. Vou sobreviver!

Nenhum comentário:

Postar um comentário