Os pobres do mundo esperam chegar ao outro lado do rio.
A margem de cá é o desalento.
Uma parca esperança de crescimento,
a vislumbrar a saída.
Toda a pressa do mundo é incapaz
de tirar toda a miséria do mundo.
Senti a fome na poesia.
Não alimentei a tua luta,
nem com o banquete de palavras.
O meu barco não chega à tua margem,
nesse rio de leito largo.
regina vilarinhos - poema de 2008
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