No canto do galo, tomaram a rua,
mochilas pesadas, cabeças em brasa,
o que pesava era a alma,
o peito, descompassava.
Sumiram na neblina, cinco para o norte,
seis para o sul, dois no leste.
No comando, de dentro da van,
o mais forte.
Lá no campanário, pronto.
Também na torre, no alto do morro,
faltavam dois.
Porteiro abriu o prédio.
Roleta, elevador, hall,
janela.
Mochilas abertas.
Elas voavam, muitas,
milhares delas, caiam
sobre as árvores, nos outros prédios,
sobre as cabeças.
De todas as cores, tamanhos
e leves,
elas, as poesias.
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