Como palavras perdidas na estante
esperando para se aquecerem nos livros.
Como braços doloridos de frio,
como pernas cansadas da neve.
Como doidos calados em seus hospícios
internos.
Como fonte e desejo,
como leão e domador,
como música e ouvinte.
Como tecelã da tristeza que guardei,
como estar em frente ao fogão à lenha
pedindo um pouco mais de doce
à mãe.
Como olhos que veem a estrada.
regina vilarinhos - 2015
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