Pelas nuvens que me transportam,
pelo céu que me en-cobre de cinza-azul.
Essas noites de se sentir
estrela,
lua,
láctea.
Esse caminho de montanhas, pedras,
agulhas,
negras,
Essa ita
gotejando seu sal-suor.
Esse raio laranja, de febre e alquimia,
que brilha no choro da serra,
no lamento de teus índios,
Nos passos de curumins,
curupiras e Iaras.
O mar verde que
resplandece a tua aurora.
Não é o antes, nem o depois.
Essa vida é agora.
regina vilarinhos - 2015